It's just your fault.

É complicado ouvir de uma terceira pessoa que tudo o que eu fiz não adiantou em nada... e que se eu fizesse ou não, seria a mesma coisa. Tudo isso é culpa sua.
Toda vez que me falam de você, minhas pernas tremem. Fico noites sem dormir, pensando em tudo o que foi. E também no que não foi. O fato de não ter sido, também é culpa sua.
E lá vou eu, mais uma vez, colocar minha cara em jogo pra fazer o que VOCÊ não tem coragem de fazer. Se eu falhar dessa vez, a culpa é sua por ter sumido.

Mas o que eu faria da minha vida se não tivesse você pra colocar a culpa de tudo o que acontece?

É sua culpa eu ser assim tão distraída, sentindo tanto amor. Também é culpa sua esse brilho no meu olhar quando falo com você... ou até mesmo essa minha vontade de correr até chegar ao seu encontro.
Mas também é culpa minha por não ter me dado conta de tudo que está na sua cabeça e o por que isso está se desenrolando desse jeito. Só peço uma coisa: me desculpa? Vamos começar do zero, juntos.

O que é belo, define.

Putz, fazem alguns meses que não nos falamos. Confesso que fico tímida, com vergonha, sei lá. Você deve estar puto comigo, o que é direito seu, fui extremamente burra, não tive respeito algum por você. Das vezes prometi largar tudo e ficar contigo e não fiz. Motivos? Não sei. Seria medo? Dúvidas? Sei lá. Sei que ao chegar a hora, dava uma dor na barriga, um frio no estômago, pânico, tudo junto misturado. Parecem apenas desculpas esfarrapadas, mas o que me irrita mais, mas me irrita muito mesmo, é ter essa necessidade de ficar contigo, então percebo que sou uma romântica besta! Não sei o que acontece. Mesmo com alguém, penso em ti. Por que será? Eu me pergunto isso sempre. Que coisa. Sei que me deu uma uma tremenda vontade de perder esse medo estúpido de dentro de mim e me jogar, nem que seja pela última vez, sei lá. Nem sei se está com alguém ou não, até peço desculpas se estiver, mas cara, já faz uns cinco anos que vivo deste jeito. Será que isso tem algum sentido? Ou pode ser loucura mesmo da minha cabeça, pois fico na imaginação, sem nada concreto. Desculpa te amolar, pode deletar tudo que falei, não se sinta obrigado, mas eu precisava falar. Desculpa.
(Gabito Nunes - Caras Como Eu)

Tudo o que eu quis um dia falar, escrever... tudo definido nesse brilhante texto. Parece que meus últimos anos estão descritos nele, assim como o que eu sinto.

Um breve olá.

Hoje retomei meu blog. Sim, precisava escrever, desabafar, ou sei lá que nome tem isso. Incrível que existe somente uma pessoa que desperta essa vontade em mim. Essa pessoa que parece poesia na minha vida tão... fria. Não sei quantos posts esse blog vai durar novamente, talvez somente esse ou milhares de outros. Não importa que alguém leia, até prefiro que não. O que me importa mesmo é você.

Posso subir montanhas, descer ladeiras; mudar de país, de cidade; sumir no mundo... e incrivelmente todos os caminhos que eu tomar vão me levar a você, o fim e o início de tudo.
Você é o sorriso que eu carrego e a alegria em continuar vencendo minhas batalhas diárias.

Eu sei que você estará me esperando no final do dia e isso me dá força para continuar. Você não é perfeito, mas é tudo... tudo que um dia eu sonhei.

"Você acha que sabe tudo sobre meus gestos e segredos e isso me deixa claustrofóbica justamente por ser verdade." (Você define tudo Gabito Nunes).

Quando tudo parecia sem cor e perdido, ele surgia num passe de mágica e tudo ficava bem.
Ele dizia as palavras certas e era seu refúgio da realidade.
Ele não era um príncipe no cavalo branco, mas ela também não era aquela princesinha frágil.
Ela era forte, muito mais do que ele imaginava. Ela luta com o mundo para protegê-lo, pois sabe que ele faria o mesmo por ela.
Quando estavam juntos, transferiam luz e calor para quem estivesse por perto. O mundo todo contemplava a sintonia deles e não ousava interferir. Ela era dele e se sentia completa. Ele atravessaria vales e lutaria com todos os vilões para estar ao lado dela. Eles eram dois corpos unidos por um sentimento. Two is better than one. E fim.

A estrela da ponta da árvore foi colocada. Montei a árvore de natal sozinha, merecia um descanso para a ceia de logo mais. Acordei, fui me arrumar. Este seria o primeiro natal que passaria acompanhada daquele que me fez encontrar o pote de ouro no fim do arco íris. A campainha toca, corro atender e me deparo com um sorriso de tirar o fôlego e com um olhar capaz de retirar o brilho das estrelas. Ele estava lindo essa noite, todo vestido de branco para comemorarmos nosso primeiro natal juntos. As horas foram passando e perto da meia noite fomos para a sacada do prédio observar essa noite de natal única para nós dois. Estávamos tão felizes que não conseguíamos parar de sorrir. Meia noite. Feliz natal, meu amor.

Um ano se passou tão rápido! Aconteceram tantas coisas, mas me vi colocando novamente a estrela na ponta da árvore. 24 de dezembro e eu não esperava nada deste natal. Vejo as fotos do ano anterior com um aperto no coração e lágrimas nos olhos. A noite vai se tornando fria ao decorrer da ceia (fria para mim, pois todos estavam felizes comemorando a noite tão bonita!). Perto da meia noite me encaminho novamente para a mesma sacada. As mesmas estrelas brilhavam no céu, mas desta vez não tinha nenhum sorriso para ofuscar o brilho delas. Estava somente eu - e as lágrimas que insistiam em cair cada minuto mais intensas. Olho para minhas mãos vazias e penso que falta um par de mãos ali para me aquecer. Olho pelo vidro e a sala está repleta de gente. Todos estão aqui, menos você. Me sinto tão sozinha, mesmo com tantas pessoas em volta…

Meu celular toca e a voz que eu temia ouvir mais que tudo diz do outro lado da linha: “olhe para baixo, você não está sozinha”.

Olhei da sacada e, mesmo do 10º andar reconheci aqueles olhos capazes de me puxar para dentro deles, como o mar nos dias de ressaca. Abri a porta da sacada, entrei correndo pela sala e, sem explicar a ninguém, corri para o elevador. Cada segundo dentro dele pareciam horas, até que ele parou no térreo. Nunca corri tanto! Atravessei todo aquele salão e passei por todas aquelas pessoas comemorando, indo em direção à rua salvar o meu natal.

Não conseguia mais ver onde ele estava de tanto que eu chorava, mas meu pés sabiam exatamente o caminho. Pulei em seus braços e todo o medo, a tristeza e a solidão instantaneamente desapareceram como se nunca tivessem existido, como se esses meses separados não passassem de meros minutos desperdiçados. Estávamos eu, você, a rua, as estrelas e todos os nossos sonhos ali, reunidos. Minha mão completa novamente e nossas vidas novamente entrelaçadas formando uma só.

I know this shouldn’t be a lonely time, but there were Christmases when you were mine. I’ve been doing fine without you, really. Up until the night’s got cold, and everybody’s here, except you, baby. Seems like everyone’s got someone to hold.

A maioria dos meus devaneios são sobre nós dois. Fico sempre me perguntando se tivéssemos feito diferente daria certo. Me pergunto se foi falta de amor ou excesso de amizade, se foi a distância ou o medo da saudade… ou talvez somente tenha sido o momento errado. Nem ao menos sei se é certo ficar insistindo nesse assunto, mas quero que saiba que foi muito difícil te perder. Mesmo tendo a certeza que não passaria de muita coisa, foi difícil. Foi realmente péssimo te ver ir embora desse jeito. Não te tenho, nunca te tive… mas como gostaria de sentir seu olhar em mim agora. Como adoraria contemplar seu riso e rir com você… pois só perto de ti consigo ser eu mesma, por inteiro. Não há desconfiança, falsidade, dias tristes e falta de assunto entre nós… só há a alegria de estarmos juntos. E é disso que eu sinto uma falta absurda.

Tenho vontade de te ligar, perguntar como estão as coisas, como está sua vida sem mim. Tenho vontade de saber quem te acorda com café da manhã ou quem te liga pra desejar boa noite quando não estou. Quem pensa em você o dia todo ou cuida de ti quando está doente? Quem te dedica poemas, músicas e o entardecer? Com quem você passa horas conversando e contando coisas que só eu entendia e achava interessante? Pra quem você conta seus medos ocultos e anseios impossíveis?
E se você não voltar... quem vai me segurar quando eu cair? Quem vai me trazer flores ao meio dia de uma segunda feira só pra eu me sentir importante? Quem vai me dizer que eu SOU importante? Se você não estiver do meu lado quando eu preciso, em quem vou confiar? Quem vai fazer meus olhos brilharem com apenas um sorriso? Quais braços vão ser na medida para o meu tamanho tão pequeno? Quem vai me deixar brava por causa de gracinhas e logo depois se desculpar como se tivesse feito a pior coisa do mundo? Quem vai sonhar junto comigo em viajar o mundo?
Me diz que você vai voltar, por favor. Me faz acreditar que isso é apenas um desencontro temporário. Mesmo se não for verdade, me faz acreditar nisso pra eu poder me recompor...

-Alô?
-Senti você pensando em mim, meu coração chorou com a sua angústia. Vamos fazer diferente dessa vez? Também preciso muito de você. - ele quase suplicava do outro lado da linha.
-Volta pra mim! Não quero te perder mais uma vez.